terça-feira, 6 de outubro de 2009

06/10/2009

Minhas primeiras aulas no Alfa (com direito a aplausos e abraços!).

02 a 05/10/2009

Não vivi...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

1º/10/2009

Uh! Acordado por meu irmão que fui, não me balei e voltei a dormir. Depois de cerca de uma hora, levantei e comecei a cuidar da vida. Estava a tomar café e assistir televisão quando ouvi a notícia de que a prova do ENEM havia sido adiada. Escrevo isso porque estava inscrito para fazê-la. É... já me formei, mas sempre é bom ter mais de um diploma. Te dá respaldo.

Não me abalei e me pus a reorganizar minha agenda. Logo depois, fui resolver a situação na loja que não havia revalidado meu cadastro. Antes, precisava passar na escola e pedir uma declaração que comprovasse que eu não era um farsante. Foi tudo muito rápido e tranquilo. Cheguei à loja e logo me dirigi ao setor responsável. Enquanto esperava, fui catar minhas peças dispersas (ficou bacana, né?!).

Depois de algum (bom) tempo, finalizei as compras. Fui à minha querida UFPA participar de um minicurso sobre semiologia e semiótica. Antes, almocei no R.U. (Restaurante Universitário) após encontrar meu irmão.

Fiz o minicurso e voltei pra casa. Dei uma fuçada na net e fui dormir.

30/09/2009

Hoje meu dia começou tarde. Por volta de 10h da manhã. Não podia perder tempo e assim foi. Esqueci de rezar meu terço em honra a São Geraldo... Mas do resto lembrei. Ainda deitado, já que o telefone estava bem ao meu lado, liguei pra minha tia e negociei meu modem com ela. Logo depois, fui ao meu vizinho e acertei minha nova e mais velox internet (entenderam a pegada?!) – internet compartilhada: uma subversão consentida...

Aquele velho mal que me assola ainda não quis me abandonar e precisei recorrer a uma colega pra diminuir seus efeitos. Calma, não sou usuário de drogas. O mal é a falta de dinheiro. Ela quebrou meu galho e me arranjou algum.
Voltei para casa e cuidei dos afazeres domésticos. Quando tudo estava ficando pronto, vim para a frente do PC postar meu texto referente ao dia de ontem. Mas não deu... esqueci minha senha...

Quando percebi, já estava mais do que atrasado. Marquei à 15h com a mãe de uma amiga em uma loja que fica distante cerca de uma hora da minha casa. Foi com essa mesma hora que cheguei lá. Encontrei não só a mãe de minha amiga como ela e mais uma boa parte de sua família. Imediatamente, fui escolher minhas peças, todas muito bonitas. Ela já havia escolhido algumas. Terminada esta etapa, fomos ao caixa. O cartão não passou. Precisei atualizar meus dados cadastrais. As referências foram confirmadas, mas o funcionário que atendeu o telefonema na escola em que trabalho não me conhecia. Resultado: nada feito...

Raiva, raiva, muita raiva. Cheguei à situação denominada pela filosofia de situação limite (aquela em que ficamos de mãos atadas). Nada mais podendo fazer, segui meu rumo. Era também o dia da formatura de uma colega que estudou comigo, mas acabou se atrasando e não se formou comigo. Fui à parada de ônibus com uma amiga que ia pra aula na UFPA e como a solenidade era lá no extraordinário, monumental e sei lá mais que adjetivos usar pra descrever a imponência de tal construção Centro de Convenções da UFPA – mais conhecido como “Hangarzinho”. Não deu tempo de vê-la receber a outorga. Mas valeu a pena. Tiramos fotos e foi bem legal.

Me iludi pensando que ainda daria tempo de ir à minha aula de inglês. Como a solenidade terminou tarde, imaginei que aula da minha amiga estava acabando. Liguei pra ela e fui encontrá-la. Voltamos juntos.

Cheguei em casa, tomei banho e jantei. Meu irmão usava o computador. Avisei-o que precisava usar o “bichão”, como ele o chama. Enquanto ele terminava o que fazia, deitei-me em sua cama, quer dizer, dos meus pais, mas como eles não estão em casa sempre tem um esperto pra querer dormir lá! Lembro de ele ter me falado: “Mano, não vai dormir aí!” e eu ter respondido: “Tá. Só não demora!”.

No outro dia, bem cedo, ouvi sua voz: “Maninho, acorda! Maninho, acorda!”. Hum, que coisa não?!

29/09/2009

Depois de assistir o filme “Escritores da Liberdade”, que trata da história de uma professora que transforma a vida de seus alunos marginalizados partindo de ações simples que demonstram que eles são os protagonistas de suas vidas – entre outras, escrever todos os dias –, decidi que deveria escrever diariamente. Apesar de haver a preocupação com a opinião dos outros (conforme publiquei há um tempinho), o mais importante é externar meus sentimentos. Daqui a uns anos poderei ler e lembrar o que pensava, o que se passava nessa época... Ah, tu sabes, né?!...

Escrever a partir de hoje é muito simbólico pra mim. Hoje é um novo recomeço pra mim. Espiritual. Após passar uma longa noite em frente à tela do computador me divertindo ao ler as ácidas críticas do trio Te dou um dado, as loucuras da Desciclopedia, a mulher louca pedindo seu chip pro tal do Pedro no Youtube, Orkut, Twitter, Yahoo... mais uma vez percebi que minha entrega a Deus ainda é muito pequena.

Sou catequista em duas comunidades, embora em uma delas tenha um nome mais pomposo: formador, e prego, lógico, a palavra de Deus e seus ensinamentos. Entre eles, a oração. Esta poderosa arma cristã dá base à vida de qualquer que a requeira.
Não tive dúvidas. Ao acordar, imediatamente, me pus a rezar. Rezei o terço de São Geraldo Magella, meu santo de devoção. Segui meu dia. Precisava passar na escola em que fui contratado como monitor para esclarecer alguns mal-entendidos e evitar minha demissão... Com a ajuda espiritual fui mais uma vez abençoado e deu tudo certo!

Fui ao segundo lugar da minha jornada. Precisava remarcar minha consulta com o oftalmologista. Mais uma vez, tudo certo! Terceira parada: centro comercial de Belém. Não tinha mais dinheiro e ainda por cima tinha dívidas. Fui despachar uns carregadores de celulares finados. Tudo certo!

Quarta parada: UFPA. SEPA (Seminário de pesquisa em andamento), evento do Mestrado em Letras da UFPA. Quase tudo certo... Não cheguei a tempo de assistir a apresentação de minha professora Walkyria. Mas tudo bem. Assisti a outras. No final, tudo certo!
Quinta e última parada: escola Novo Horizonte. Entrega de curriculum. Tão precisando e eu tô querendo. É unir o útil ao agradável. Antes, encontrei meu irmão e então seguimos juntos. Após andar um bom bocado, chegamos. Tudo certo!

Fomos pra parada de ônibus e logo embarcamos. Tudo certo!

O dia inteiro correu bem. Mas ainda não havia acabado. A noite começava. Noite chuvosa. Tudo foi bem. Tudo tranquilo. Antes de dormir, precisava rezar. Agora, o terço mariano. Não dei conta. Rezei três ave-marias e desbundei. Dormi. O dia acabou. Tudo certo! (Graças a Deus!)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Em uma fase mais roqueira

Sempre que compro um novo Cd (original, é claro - é, eu ainda faço isso) é natural que aquele passe a ser o meu preferido e, por conseguinte, o mais ouvido.

Recentemente, houve a vez da Paula Toller, com seu Nosso. Depois, veio a Vanessa da Mata e seu Sim. Também chegou a vez do Gonzaguinha com seus Caminhos do Coração e Plano de Voo (por que ele se foi, hein?!... e Latino, Kelly Key, Zezé di Camargo, o Funk, com seus bondes, popouzudas e frutas suculentas, o sertanojo e os Vitor e Leo, João e Chico, Noteu e Nodele, e Inimigos da HP e mais ainda nossos continuam a nos assombrar. Esse mundo é realmente injusto...).


Todos inquestionavelmente ótimos (os primeiros, não cometam a temeridade de pensar nos últimos!), independente do estilo. Mas há um momento em que é preciso de peso. Sim, peso. Aquele som que martela os ouvidos e penetra a cabeça.

Passeando por uma das escassas sessões de Cd em lojas de departamentos encontrei um Cd de uma banda chamada The Cardigans. Égua, essa não é a banda do Lovefool? É aquela música engraçadinha do Romeu e Julieta. Mas tá diferente, um ar mais grave (essa é do Machado, deu pra sacar?!). Será que eu levo? E se for ruim? Vou ter que quebrar, é o jeito. Mas... não, não deve ser tão ruim assim. (Ainda não falei, talvez não fosse preciso por já haver mencionado a Paula e a Vanessa, que também dou valor num – BOM – pop. O que elas fazem é MPB, MPB Pop.)

Levei-o para casa. Chama-se Super Extra Gravity. A primeira música, Losing a Friend já teria valido todo o Cd. Mas não para por aí. Overload e Holy Love e vou parando por aqui, senão vou citar as 11 que compõem este super trabalho. Descobri que gostava de Indie, um estilo que só conhecia de nome.

Agora a porteira está aberta. Foi então que lembrei que simpatizava com uns caras chamados Strokes, era alucinado por outros chamados Radiohead e curtia demais o som dos irmãos-barraco Gallagher. Por que não revisitá-los? Vamo lá!


Cara, como eles são bons. Os hits radiofônicos ou “webfônicos” (adoro criar neologismos! É o segundo de ontem pra hoje) são incríveis, mas o restante do material é infinitamente melhor.

Nessa incursão roqueira fui atrás de uma banda da qual ouvira muitos comentários elogiosos, o Queens of the Stone Age. Esses são do caralho! (não é falta de termos, não, é que esse é o que melhor define os caras).

Um mais porrada, outro mais psicodélico, um mais “roquinho”, outro “ninguém nos supera”, um mais eletrônico, algumas baladas, claro, porque todos amam. E tudo é rock.

As minhas fases são inconstantes, mas sempre bebem em fonte muito boa. A mais visceral foi há cerca de três anos e teve até nome: Chico. Sabia que o cara era fodástico. Não o tinha ouvido a sério talvez por medo de achar depois dele que tudo era um lixo. Contudo, não tive escolha. Era trabalho da universidade. Ô trabalho abençoado! – e olha que o professor nem era tudo isso, mas lampejos já se explicam no nome, né?!, e ele mandou muito!

A febre durou, acredito, uns quatro meses. Um recorde! Até então, duravam no máximo um mês. Após sua passagem o efeito foi o melhor possível. Não, apesar de sua imponente majestade viral, o que ouvia continuou a ser bom. Alguns desses chegam até mesmo a possuir o respaldo do rei.

Vamo parar por aqui. Falar do Chico já é assunto pra outro momento. Olha, só agora percebi que ainda não falei de que Chico estou falando. E precisa, gente?!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Machado, Gabriel e eu


Ser blogueiro não é tão fácil quanto se pensa. Relutei bastante antes de criar meu blog, mas acabei cedendo à tentação de expor meus textos à apreciação pública. Tá pronto? Tá. Mas o que escrever? Um blog não é um diário? É. Então, descreve teu cotidiano. Ah, era aí que eu queria chegar: aos “entretantos”.

O blog deveria ser um diário, mas, ao que me consta, diário é algo muito íntimo, e um blog começa a se diferenciar por aí. Ele pertence ao mundo virtual e uma das principais características deste é estar disponível a todos que lhe têm acesso. Montando uma equação para solucionar esta questão chegamos aos seguintes elementos: um pouco de vaidade + um pouco de senso = NÃO POSSO ESCREVER QUALQUER BESTEIRA!

E agora? Meu blog perdeu sua essência...

Mas eu não sou cronista!... Quisera eu possuir a mais ínfima parte do talento retumbante que Machado dispensava em suas ferrenhas crônicas. Ou mesmo, já que ainda vivo, absorver por osmose, digamos, mais presente, uma fagulha da genialidade do cronista/repentista (ou “rapper”, como queiram) Gabriel O Pensador.

Se tu não és tudo isso, por que te meteste a escrever? Só os bons podem fazer isso. É, eu sei, mas eu também aprendi que é a prática que leva à perfeição. Se quero ser como eles devo, pois, praticar. E é isso que farei.

Quem sabe, daqui a bem pouco tempo se o meu blog estará entupido de notícias, informações, curiosidades? Quem sabe se ele se tornará um portal... Calma. Como diria uma amiga minha: “Desce daí...”. Mas é assim que tudo começa.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

TCC à porta? Todo cuidado é pouco! Atenção na escolha de um orientador, senão: “SEJA O QUE DEUS QUISER!”

Este texto é destinado aos concluintes ou recém-concluintes de curso de graduação. Quem chegou a este estágio sabe (ou pelo menos deveria saber) que todo o esforço despendido no decorrer do curso não é nada comparado ao que virá pela frente.


O primeiro grande embate é escolher o tema. Pode ser que haja vários ou nenhum. No meu caso, resolvi tratar de um assunto que me instigava mesmo antes de me tornar acadêmico, e quando a licenciatura era por mim considerada como algo descabível às minhas ambições. O tal tema era voltado ao registro ou análise (não cheguei a delimitá-lo) das narrativas orais e provérbios populares, ou os “causos” amazônicos e sua relação com as tradições orais que povoam a humanidade, como a origem do sol, narrada pelo povo esquimó e pelo povo tupinambá.


Pois bem. Decidido o tema, vamos à escolha do orientador. Passeando pelos corredores “federais”, eis que me deparo com a oferta de um mini-curso (o novo acordo ortográfico determina que o hífen permanece ou cai nesse caso?; enfim, na dúvida, tudo é permitido – que não me ouçam os gramatiqueiros) de um professor doutor na área e do qual já havia sido aluno. “Está tudo encaminhado!”, inocentemente pensei. Pobre concluinte indefeso... Me inscrevi e no último do curso dia fui ao professor. “Bem, professor, esse mini-curso serviu bastante pra clarear minhas ideias e agora decidi que farei meu TCC nessa área”. “Ah, que bom!”, ouvi como resposta. “Já tenho um orientador!”. Ledo engano. Alguns dias depois, ao formalizar a proposta, ouvi um “preciso sentar e avaliar a proposta”, traduzindo: “JÁ ERA. PARTE PRA OUTRA, QUE COMIGO NÃO TENS VEZ. PRÓXIMO! DIGO, PRÓXIMA!” – se é que vocês me entendem...


Vencida esta etapa (ou perdida?), hora de mudar de tema e orientador. “Vejamos: do que gosto, o que mais me foi agradável durante o curso, o que mais tive facilidade pra aprender e pretendo aplicar em minha vida profissional? “Claro, ensino-aprendizagem! Opa, mas eu não tenho o melhor dos relacionamentos com a pessoa que mais saca (pelo menos eu acho) dessa área. É, mas não tem jeito. ‘Se não tem tu, vai tu mesmo’”. Postas as diferenças de lado, vamos à luta.


“A fulana de tal vai se afastar pro doutorado”. “Sério? Não sei se é pra rir ou para chorar. Ela era minha provável orientadora. E agora, José?” Chegamos ao terceiro páreo dessa corrida.


O tema permanece, só muda o orientador. Mas quem? Claro, como não, aquele cara gente fina que também já foi meu professor. “Professor, o senhor pode me orientar?”. “Claro. Me envia o esboço do trabalho pra gente iniciar as instruções”. Perfeito!


Ai, ai, ai... O que são o engano, a falta de tempo e o remorso? Por que não escolheste a professora substituta que manda muito na área? Porque sequer sem quem é. Agora é tarde, filho. Segue em disparada, segura na mão de Deus e vai.


Parece brincadeira, mas foi mais ou menos isto que ouvi do meu “orientador”. Pra ser mais preciso, vai na íntegra: “É, Diego. Seja o que Deus quiser!”, recebi essa rajada um dia após a entrega do meu TCC, durante uma “orientação?”. Isso porque ao longo de sua elaboração foram tantas viagens, “não posso hoje”, prova de doutorado, feriados, “não tive tempo de ler”, doenças, “vai fazendo, que depois te digo se tá bom”, “esses livros não posso te emprestar, porque tenho que levá-los pros meus orientandos do interior”. “E eu, professor, vou ficar rodado?”. “Continua lendo o que estás lendo”. “Mas o senhor nem sabe o que é!!!!!!!!!” “Ah, Diego, não complica!”


“Entre mortos e feridos, salvaram-se todos”, pena que nem sempre os ditados são cumpridos ao pé da letra. Uma aventureira [(des)orienta(n)dos desse professor, éramos seis – não o livro que deu origem à novela – corajosos desbravadores, e por que não, autodidatas, ao todo] precisou abandonar “o bonde andando”. E dela ouvi: “Vocês são muito corajosos”. “É, realmente, mas é porque se tornou uma questão de honra”, respondi heroicamente.


“No final dá tudo certo”, “O que é do homem, o bicho não come”, olha só, o meu antigo corpus de pesquisa, agora me serve como conforto. Nunca esquecerei: “Seja o que Deus quiser!”. Que bom que Ele é Pai, e não padrasto e quis BOM.

Como em toda boa fábula, moral da história: CONFIAR EM DEUS NUNCA É DEMAIS.

PS: Por onde anda minha medalha de honra ao mérito por combate em guerra e retorno (quase) ileso – disse Drummond: “De tudo, fica um pouco” – à pátria? Ah, claro, me desculpem, será entregue no dia da formatura. Combati o bom combate.