quinta-feira, 21 de maio de 2009

Em uma fase mais roqueira

Sempre que compro um novo Cd (original, é claro - é, eu ainda faço isso) é natural que aquele passe a ser o meu preferido e, por conseguinte, o mais ouvido.

Recentemente, houve a vez da Paula Toller, com seu Nosso. Depois, veio a Vanessa da Mata e seu Sim. Também chegou a vez do Gonzaguinha com seus Caminhos do Coração e Plano de Voo (por que ele se foi, hein?!... e Latino, Kelly Key, Zezé di Camargo, o Funk, com seus bondes, popouzudas e frutas suculentas, o sertanojo e os Vitor e Leo, João e Chico, Noteu e Nodele, e Inimigos da HP e mais ainda nossos continuam a nos assombrar. Esse mundo é realmente injusto...).


Todos inquestionavelmente ótimos (os primeiros, não cometam a temeridade de pensar nos últimos!), independente do estilo. Mas há um momento em que é preciso de peso. Sim, peso. Aquele som que martela os ouvidos e penetra a cabeça.

Passeando por uma das escassas sessões de Cd em lojas de departamentos encontrei um Cd de uma banda chamada The Cardigans. Égua, essa não é a banda do Lovefool? É aquela música engraçadinha do Romeu e Julieta. Mas tá diferente, um ar mais grave (essa é do Machado, deu pra sacar?!). Será que eu levo? E se for ruim? Vou ter que quebrar, é o jeito. Mas... não, não deve ser tão ruim assim. (Ainda não falei, talvez não fosse preciso por já haver mencionado a Paula e a Vanessa, que também dou valor num – BOM – pop. O que elas fazem é MPB, MPB Pop.)

Levei-o para casa. Chama-se Super Extra Gravity. A primeira música, Losing a Friend já teria valido todo o Cd. Mas não para por aí. Overload e Holy Love e vou parando por aqui, senão vou citar as 11 que compõem este super trabalho. Descobri que gostava de Indie, um estilo que só conhecia de nome.

Agora a porteira está aberta. Foi então que lembrei que simpatizava com uns caras chamados Strokes, era alucinado por outros chamados Radiohead e curtia demais o som dos irmãos-barraco Gallagher. Por que não revisitá-los? Vamo lá!


Cara, como eles são bons. Os hits radiofônicos ou “webfônicos” (adoro criar neologismos! É o segundo de ontem pra hoje) são incríveis, mas o restante do material é infinitamente melhor.

Nessa incursão roqueira fui atrás de uma banda da qual ouvira muitos comentários elogiosos, o Queens of the Stone Age. Esses são do caralho! (não é falta de termos, não, é que esse é o que melhor define os caras).

Um mais porrada, outro mais psicodélico, um mais “roquinho”, outro “ninguém nos supera”, um mais eletrônico, algumas baladas, claro, porque todos amam. E tudo é rock.

As minhas fases são inconstantes, mas sempre bebem em fonte muito boa. A mais visceral foi há cerca de três anos e teve até nome: Chico. Sabia que o cara era fodástico. Não o tinha ouvido a sério talvez por medo de achar depois dele que tudo era um lixo. Contudo, não tive escolha. Era trabalho da universidade. Ô trabalho abençoado! – e olha que o professor nem era tudo isso, mas lampejos já se explicam no nome, né?!, e ele mandou muito!

A febre durou, acredito, uns quatro meses. Um recorde! Até então, duravam no máximo um mês. Após sua passagem o efeito foi o melhor possível. Não, apesar de sua imponente majestade viral, o que ouvia continuou a ser bom. Alguns desses chegam até mesmo a possuir o respaldo do rei.

Vamo parar por aqui. Falar do Chico já é assunto pra outro momento. Olha, só agora percebi que ainda não falei de que Chico estou falando. E precisa, gente?!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Machado, Gabriel e eu


Ser blogueiro não é tão fácil quanto se pensa. Relutei bastante antes de criar meu blog, mas acabei cedendo à tentação de expor meus textos à apreciação pública. Tá pronto? Tá. Mas o que escrever? Um blog não é um diário? É. Então, descreve teu cotidiano. Ah, era aí que eu queria chegar: aos “entretantos”.

O blog deveria ser um diário, mas, ao que me consta, diário é algo muito íntimo, e um blog começa a se diferenciar por aí. Ele pertence ao mundo virtual e uma das principais características deste é estar disponível a todos que lhe têm acesso. Montando uma equação para solucionar esta questão chegamos aos seguintes elementos: um pouco de vaidade + um pouco de senso = NÃO POSSO ESCREVER QUALQUER BESTEIRA!

E agora? Meu blog perdeu sua essência...

Mas eu não sou cronista!... Quisera eu possuir a mais ínfima parte do talento retumbante que Machado dispensava em suas ferrenhas crônicas. Ou mesmo, já que ainda vivo, absorver por osmose, digamos, mais presente, uma fagulha da genialidade do cronista/repentista (ou “rapper”, como queiram) Gabriel O Pensador.

Se tu não és tudo isso, por que te meteste a escrever? Só os bons podem fazer isso. É, eu sei, mas eu também aprendi que é a prática que leva à perfeição. Se quero ser como eles devo, pois, praticar. E é isso que farei.

Quem sabe, daqui a bem pouco tempo se o meu blog estará entupido de notícias, informações, curiosidades? Quem sabe se ele se tornará um portal... Calma. Como diria uma amiga minha: “Desce daí...”. Mas é assim que tudo começa.